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Foto do escritorRaissa Matoso

Casa de Campo em Tijolo Ecológico Financiada

A Casa de Campo projetada pela arquiteta Raissa Matoso tem como princípio o uso da sustentabilidade e o uso de práticas ecológicas, como o uso de materiais ecológicos, sistemas de captação de água da chuva e energia solar. Essas soluções não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também proporcionam economia e autossuficiência aos moradores.

(Foto: Morgana Nunes).

A casa fica localizada em um condomínio bastante natural na região de Aldeia, Pernambuco, e possui uma bela vista e conta com um açude à frente da casa, por isso a inspiração do nome, Casa do Lago.

A Casa do Lago, tem baixo impacto ambiental e é toda construída com tijolos ecológicos. ” Possui captação e reuso de águas de chuvas, energia solar e saneamento com fossa de bananeiras e filtros de águas cinzas. Foi a primeira casa em Tijolo Ecológico aparente financiada pela Caixa no estado de Pernambuco, e uma das poucas no Brasil”, conta Raissa.

(Foto: Morgana Nunes).

A arquitetura de Casas de Campo projetada pela arquiteta Raissa Matoso busca harmonizar a construção com o entorno natural, valorizando a paisagem e utilizando materiais que remetam à simplicidade e rusticidade. Madeiras, pedras e tijolos aparentes são frequentemente usados para criar uma conexão orgânica com o ambiente externo. Esses materiais não apenas conferem um charme rústico, mas também garantem durabilidade e eficiência energética.


Materiais utilizados na construção da Casa de Campo projetada pela arquiteta Raissa Matoso

(Foto: Morgana Nunes).

O tijolo ecológico foi utilizado como método construtivo na Casa de Campo projetada pela arquiteta Raissa Matoso. “O tijolo ecológico, além de ser mais sustentável do que o convencional, é muito bonito e traz uma energia acolhedora de casa de campo. É importante destacar que o tijolo ecológico, além de um material para construir paredes, é também uma metodologia construtiva que reduz até 80% os resíduos de obra, já que o material possui furos na vertical, por onde passam estruturas (pilaretes) e infraestruturas (tubulações de água, esgoto e elétrica). Portanto, não é necessário quebrar as paredes posteriormente para passagem dessas infras, nem mesmo realizar fôrmas em madeira para os pilares, já que os mesmos são moldados dentro dos próprios furos do tijolo. Nesta Casa, deixamos o Tijolo aparente em alguns trechos, e em outros emassamos e pintamos, conforme intenção estética. É necessário rejuntar e aplicar 3 demãos de resina incolor fosca para proteção, em caso de deixá-lo aparente “.


(Foto: Morgana Nunes).

Na coberta, foi utilizada um madeiramento para as estruturas e telhas cerâmicas resinadas. No piso e em algumas bancadas, a arquiteta utilizou cimento queimado e ladrilho hidráulico. ” O ponto alto da casa é o jogo de cobertas inclinadas, com grandes vãos livres e pé direito alto, sustentados por estruturas de madeira belíssimas. As tesouras envidraçadas permitem uma conexão maior do espaço interno com o exterior, possibilitando a vista do céu, da lua, e até mesmo arco íris. Temos também uma veneziana retrátil entre uma coberta e outra, que permite a exaustão do ar quente, refrescando a casa”, detalha a arquiteta.

(Foto: Morgana Nunes).

Para os armários, um acabamento em laminado de diversas cores e alguns detalhes em palhinha. O forro do pergolado da varanda foi feito em ripas de bambu. O revestimento da piscina é monolítico, de areia compactada.

A casa possui 216,00 m² de área construída e conta com quatro quartos; três banheiros; mezanino; terraço e varanda; ambiente social integrado à cozinha; lavanderia e piscina.


O uso das cores e o mobiliário da casa

(Foto: Morgana Nunes).

“Tomamos partido das cores naturais dos materiais, que se harmonizam com algumas cores compradas. Temos o terracota dos tijolos, o marrom das madeiras, o cinza mais neutro do piso. Como os materiais naturais já estavam trazendo muitos tons quentes e terrosos, utilizamos cores frias para contrapor e trazer mais equilíbrio, como o azul da fachada e o verde água dos móveis da cozinha”, conta Raissa.

(Foto: Morgana Nunes).

O projeto de interiores foi desenvolvido pela arquiteta Renata Francato, da Evoé Arquitetura, que realizou toda a parte de design dos mobiliários de marcenaria e consultoria de layout. “Os objetos da casa em sua maioria são peças valiosas de antiguidade, herdadas pelos clientes e dispostas de maneira harmônica. As obras de arte que decoram paredes, arandelas e pendentes foram realizadas por artistas locais de Pernambuco. Algumas adquiridas em exposições e feiras, e outras encomendadas diretamente com os artistas, a exemplo das luminárias de barro artesanais que iluminam o jardim e a piscina. A decoração da casa demonstra a personalidade dos clientes, com muito bom gosto e valorização da arte! “.

(Foto: Morgana Nunes).


A Iluminação na Casa de Campo projetada pela arquiteta Raissa Matoso

A iluminação teve como foco valorizar a estrutura da coberta. ” Esse trabalho foi feito através de luminárias em trilhos fixadas nas tesouras, e arandelas nas paredes para destacar os tijolos e trazer uma atmosfera acolhedora. As lâmpadas escolhidas tem o tom quente, pois nada melhor para uma casa do que termos uma iluminação aconchegante”, revela.


O resultado final

A arquiteta Raissa Matoso é especialista em sustentabilidade e pra ela o uso de materiais sustentáveis é algo que deve ser definitivo no mundo da construção. “Essa casa para mim é a confirmação de que é possível construir com qualidade, beleza, sustentabilidade e economia. As tecnologias sustentáveis utilizadas na casa foram pensadas desde o princípio do projeto, tornando viável a sua construção, com custo final equivalente a outras obras convencionais no mesmo padrão. Ou seja, é possível termos uma casa sustentável, bonita e viável”.


(Foto: Morgana Nunes).

Raissa fala também sobre a sua alegria com o resultado final, ” Sou apaixonada por essa casa! É um lugar que não dá vontade de ir embora, sabe? Os clientes estão morando lá há um ano, super felizes e realizados. A decoração de interiores demonstra a personalidade deles, com muito bom gosto e valorização da arte! Minha intenção é de que essa casa inspire muitas outras, e que tenhamos cada vez mais clientes e profissionais realizando construções de baixo impacto ambiental, para nosso próprio bem estar e o futuro das pessoas. “, finaliza.





Transcrição de entrevista realizada pela Jornalista Lorena Moura, da Revista SIM. Matéria original disponível no link: https://www.revistasim.com.br/casa-de-campo-raissa-matoso-sustentavel/




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