Uma piscina natural ou biopiscina é uma piscina que não utiliza sistemas de depuração químicos, como o cloro ou o sal. Ao invés disso, utiliza meios naturais a base de plantas. São muito lindas e decorativas, já que se integram à paisagem e se transformam em maravilhosos jardins que não te dá vontade de sair!
Mas, nos surge a dúvida sobre as vantagens e inconvenientes destas piscinas, o que é necessário para construir, se o espaço é o mesmo, como funcionam, como é a manutenção ao longo do ano e se são mais recomendáveis do que as tradicionais.
A principal diferença é o processo de depuração. As plantas que rodeiam e estão dentro da biopiscina ajudam a oxigenar e eliminar os nutrientes que poderiam permitir que se propagassem as algas e outros microorganismos indesejáveis, como por exemplo as larvas de mosquito. Mas atenção, não vamos nos enganar: as piscinas naturais não são estéreis, já que existem bactérias que se encontram em um equilíbrio ecológico.
A biopiscina consta de duas partes: uma zona exclusivamente dedicada ao banho e outra, por assim dizer, depurativa. A zona de depuração (tratamento) consiste em uma piscina cheia de substratos de filtração como cascalho, areia, pedras e plantas. A água circula de uma zona a outra através de uma bomba hidráulica, de forma que os nutrientes produzidos na zona de banho chegam às plantas purificadoras, que os eliminam.
No Brasil, por termos um clima tropical, as biopiscinas geralmente necessitam de um filtro com aplicação de raios Ultravioletas que ajudam na decomposição da matéria orgânica, que se produz em abundância no nosso clima.
Agora vamos às vantagens e desvantagens do sistema, de acordo com quem já tem experiência no assunto:
Vantagens
É como se banhar em um lago, já que também pode ter peixes, que também ajudam na limpeza das águas;
Economia em produtos de tratamento. As plantas estão vivas o ano todo e se alimentam dos microorganismos da piscina, então não é necessário gastar tanto com produtos como na piscina convencional, com cloro e todos os outros produtos bastante caros;
Não há perigo de alergias nem problemas de pele por causa do cloro nem agentes químicos, como acontece na piscina convencional;
Não é necessário trocar a água, segundo seus defensores. Basta uma limpeza profunda uma vez ao ano;
Se integra totalmente à paisagem com a técnica japonesa de Shakkei (ou paisagem emprestada), dando ao jardim uma aparência belíssima;
Suas formas são mais livres, se adaptam aos terrenos.
Desvantagens
O espaço que uma piscina natural requer é maior do que uma piscina química. Em média o dobro de área, metade da área para banho, e a outra metade para as plantas. Se requer uma superfície mínima de 25 m² para que o sistema de depuração funcione corretamente.
A piscina leva um tempo para que as plantas se adaptem e filtrem bem a água, geralmente esse período é de 1 mês;
Em uma piscina tratada quimicamente, onde se banham cinco, se banham dez, quinze ou vinte. Em uma piscina natural, não. É preciso calcular quantas pessoas vão se banhar, porque como o tratamento é natural, as plantas e peixes podem não dar conta e terminar o dia com uma piscina turva (porém, quando isso ocorre, as plantas e filtros dão conta de deixá-la cristalina novamente no dia seguinte);
A urina não pode ser facilmente removida da água em uma piscina biológica;
Por ser uma tecnologia "nova", pode ser mais difícil encontrar fornecedores especializados nesse sistema na sua região.
Enfim, agora que você entendeu mais um pouco sobre este tipo de piscina, que tal considerar fazer uma dessas na tua casa? Gostou e acha que é o seu caso? Conte comigo!
Traduzido com algumas alterações do artigo: https://decoracion.trendencias.com/jardin/piscinas-naturales-una-gran-idea-o-un-quebradero-de-cabeza
Imagens de piscinas da Ecosys Lagos Ornamentais.